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Coisas que você nunca deve pesquisar no Google

A maioria das pessoas está acostumada a pesquisar no Google quando não sabe alguma coisa. Desde receitas até serviços de banco online, perguntas ou tratamentos médicos, comprar remédios ou para saciar nossa curiosidade. A gente pesquisa tudo no Google. Mas o que a maioria das pessoas esquece é que o Google é apenas uma plataforma para encontrar os sites que oferecem a informação da qual você precisa. O Google não possui nenhum conteúdo próprio. Então, tudo que você pesquisa no Google não é necessariamente correto ou preciso.

Além disso, sua privacidade está em risco sempre que você utiliza mecanismos de pesquisa como Google, Bing ou Yahoo. O próprio Google confirma que suas consultas são enviadas para os sites quando você clica nos resultados da Pesquisa Google. De acordo com suas Perguntas frequentes e termos de Privacidade, “Quando você clica em um resultado da Pesquisa Google, seu navegador da Web também consegue enviar o endereço da Internet, ou URL, da página de resultados de pesquisa à página da Web de destino como o URL referenciador. A URL da página de resultados de pesquisa, às vezes, pode conter a consulta de pesquisa digitada.”

7 coisas que você nunca deve pesquisar no Google

Isso deve fazer você pensar duas vezes antes de compartilhar seus problemas, interesses até mesmo tirar dúvidas por simples curiosidade utilizando um mecanismo de pesquisa grande como o Google. Preparamos uma lista de 7 coisas que você nunca deve pesquisar no Google para evitar entrar no buraco negro das pesquisas na internet e criar estresse desnecessário.

1.    Coisas que você não quer que sejam exibidas em anúncios depois

Você já deve conhecer isso. Quantas vezes já aconteceu que você tinha uma pergunta estranha sobre alguma coisa ou pesquisou apenas por curiosidade e depois teve um monte de anúncios relacionados sendo exibidos em tudo quanto é lugar?

Mesmo se for apenas para anúncios exibidos na Pesquisa Google, o mecanismo de pesquisa utiliza informação sobre suas consultas, sua localização e o horário para escolher anúncios. Também considera suas consultas anteriores, seu histórico na web, seu histórico de visita de sites que anunciam no Google, informações da sua conta Google como idade e gênero, além de interações anteriores com anúncios e resultados de pesquisas no Google. Eles associam esses dados com um perfil completo que o mecanismo de pesquisa e seus anunciantes podem usar para entender quem é você, quais são seus interesses e o que você pode acabar comprando.

Já está sentindo medo? Temos mais 9 coisas que você não deveria compartilhar com um mecanismo de pesquisa.

2.    Coisas que dão pistas da sua localização para o Google

Você pode desativar o “Histórico de localização” e também desativar o rastreamento de “Atividade na Web e de apps”, mas o Google ainda vai receber pistas sobre sua localização com base nos termos consultados. De acordo com a reportagem de David Leonhardt, colunista do New York Times, os termos de busca têm diferenças geográficas, com grandes diferenças entre locais onde a vida é mais fácil e onde a vida é mais difícil. Uma grande prevalência de consultas sobre problemas de saúde como nível glicêmico e diabetes, consultas sobre “o lado oculto da religião,” consultas sobre venda de produtos de marketing multinível ou receber dinheiro do governo, além de consultas sobre “tipos específicos de armas” acontecem em áreas onde há maior dificuldade financeira e problemas de saúde. Suas consultas oferecem ao meu mecanismo de pesquisa uma visão das tendências econômicas no cotidiano – algo que você pode querer evitar que anunciantes capitalizem.

3.    Qualquer coisa suspeita (especialmente no trabalho)

Muito provavelmente você já assistiu pelo menos um filme onde o histórico de navegação foi usado para condenar suspeitos de crimes, especialmente se eles consultaram o Google sobre o crime antes ou depois de cometê-lo. Em 2013, uma história sobre uma série de consultas no Google que terminou com uma visita das autoridades locais se popularizou na internet. Buscas feitas por diferentes membros de uma mesma família de Nova Iorque por termos como “mochila” e “bomba de panela de pressão” resultaram em uma visita das autoridades locais. Depois de muita confusão, foi concluído que as consultas suspeitas foram denunciadas por um patrão e que as buscas foram feitas no computador de trabalho de um funcionário recém despedido. E isso foi há quase uma década. Você consegue imaginar como as coisas evoluiram?

Portanto, quando o assunto são coisas que você nunca deve pesquisar no Google, o mais seguro provavelmente é presumir que seu histórico de navegação está sendo observado por alguém, mesmo que não seja o caso.

4.    Qualquer coisa que permita ao Google definir sua identidade

Mesmo se for apenas para anúncios exibidos na Pesquisa Google, o mecanismo de pesquisa utiliza informação sobre suas consultas, sua localização e o horário para escolher anúncios. Ele também considera suas consultas anteriores, seu histórico na web, seu histórico de visita de sites que anunciam no Google, informações da sua conta Google como idade e gênero, além de interações anteriores com anúncios e resultados de pesquisas no Google. Eles associam esses dados com um perfil completo que o mecanismo de pesquisa e seus anunciantes podem usar para entender quem é você, quais são seus interesses e o que você pode acabar comprando.

Empresas podem juntar todas as peças e montar o quebra-cabeças do seu perfil. Sendo assim, um algoritmo poderia buscar em perfis de centenas de milhares de usuários como você e prever com precisão coisas não relacionadas, sobre você ou suas atividades. Mesmo se muitas classificações forem imprecisas, elas ainda podem lhe prejudicar, com efeitos como discriminação de preço, em que empresas montam seu perfil para determinar quanto cobrar por produtos ou serviços, como descobrimos em um experimento liderado por Jeffrey Rosen para o New York Times. Sua conclusão foi que “o novo mundo de discriminação de preço é um onde é muito difícil escapar do seu perfil de consumo e você nem vai saber se as empresas estão oferecendo descontos para clientes de status mais elevado.”

5.    Banco online/redes sociais/lojas virtuais

Se você achava que phishing só vinha disfarçado de golpes relacionados com “ganhos em loteria” ou “príncipes nigerianos”, que são fáceis de identificar, se enganou. Há muitos sites falsos no Google. É extremamente recomendável acessar suas contas digitando diretamente o URL oficial na caixa de endereço do seu navegador para ter segurança. Isso evita que você insira suas informações de login e senha em um site de phishing que pode parecer igual ao site oficial do banco.

6.    Remédios ou sintomas, conselho ou tratamento médico, nem mesmo dicas de nutrição e dietas

Vamos revelar para você como funciona a publicidade: ela ganha dinheiro explorando inseguranças. Ao consultar sintomas de doenças, conselho ou tratamento médico, dicas de nutrição ou dietas, você está dando aos anunciantes informações sobre suas inseguranças para que seja bombardeado por mensagens publicitárias e produtos duvidosos.

Se você não quer ver anúncios personalizados para coisas que você já não gosta sobre seu corpo, mesmo que objetivamente não sejam um problema, você deve começar evitando compartilhar suas inseguranças com o mecanismo de pesquisa. Melhor compartilhar essas informações com médicos de confiança.

7.    Qualquer coisa que pode envergonhar você depois no Google (tudo mesmo)

Como já mencionamos diversas vezes, todas as suas buscas lhe seguem pela internet. Tudo que você procurar no Google vai aparecer eventualmente em algum anúncio em outros sites que visitar. Não faça pesquisas em busca de pornografia ou qualquer coisa que possa envergonhá-lo depois no Google, já que você definitivamente não quer que sugestões de anúncios do Google baseadas no seu histórico de pesquisa o sigam até o escritório.

O que você DEVE pesquisar no Google

Por outro lado, existem algumas coisas que recomendamos que você consulte no Google, como seu nome e endereço de e-mail. Na era da internet, nossa privacidade está em questão e pesquisar seu nome no Google pode levar a resultados indesejados, como fotos ruins suas, informações erradas, conteúdo irrelevante, contas vendidas, spam, senhas vazadas e muito mais. Uma ferramenta recomendada para saber se os seus dados foram comprometidos em uma violação de dados é o haveibeenpwned.com.

O que posso fazer para fazer buscas com segurança no Google?

Se deseja minimizar a quantidade de informações que os mecanismos de busca e anunciantes coletam sobre você, deve seguir alguns passos. Escolha um mecanismo de pesquisa alternativo, como DuckDuckGo, para evitar que seu histórico de pesquisas seja armazenado e analisado. Instale extensões como AdBlock Plus, Ghostery ou Disconnect para proteger-se de empresas que querem rastrear suas atividades online. Verifique seus ajustes de privacidade em sites populares e sempre faça logout de redes sociais enquanto navega pela web.

Você também deve usar opções de navegação privada. A janela anônima do Google Chrome, o modo de navegação InPrivate do Internet Explorer e o modo de navegação privada do Firefox são exemplos de opções de navegação em modo anônimo. Ao fazer isso, suas ações online não são armazenadas em seu computador. Por exemplo, ao fazer logout de um navegador privado, todos os cookies coletados durante a sessão são excluídos automaticamente.

Mas usar o modo de navegação anônima não é totalmente privado, porque não bloqueia seu endereço IP e os sites que você visita ainda podem coletar dados.

Use uma VPN para ter mais privacidade online

A melhor maneira de navegar anonimamente na internet é usando uma rede privada virtual (VPN) como a Avira Phantom VPN. Uma VPN mantém o seu endereço IP oculto e protege suas atividades online, garantindo que suas ações online sejam criptografadas usando protocolos especiais. Basicamente, se você usar uma VPN, seus dados não poderão ser lidos pelo mundo externo. Apesar de não ser totalmente à prova de falhas, é uma das melhores maneiras de proteger a sua privacidade online e navegar com confiança na internet.

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Content Manager
Former journalist. Storyteller at heart.